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A AULA:
Foi muito interessante participar de uma breve aula de tango com uma turma de 20 pessoas e muitas delas de naturalidades diferentes: japoneses, londrinos, australianos, brasileiros, uruguaios e americanos. Na verdade eu já tinha praticado tango em 2008 para concorrer em uma gincana da escola, pena que não acho o vídeo no meu canal do youtube para disponibilizar o mico que passei. Mas fica algumas dicas de regras básicas da dança:
- postura;
- homem com a mão na cintura da mulher e ela com a mão no ombro do parceiro;
- o outro braço esticado;
- o homem conduz a dança SEMPRE;
- nada de entrelaçar as pernas, sempre lado a lado;
- o grande final, olhar sexy do tango;
E no final eu ganhei um certificado de conclusão da aula, olha só:
A MÚSICA:
Eu toquei teclado e piano durante sete anos de minha vida e desde então adoro apreciar boas músicas. Tango para mim era um som muito inquietante, mas presenciar o envolvimento da melodia com o cantor tornou tudo mágico. Tinham momentos que eu fechava os olhos e sentia a canção, viajava no ritmo que invadia a minha alma.
Uma coisa que andei pesquisando sobre o tango argentino é que a música é uma fusão de vários estilos musicais europeus e africanos ( polka, flamenco, mazurka, kondobe, entre outros). Por mais antigo que seja, a música continua muito infiltrada no cotidiano dos argentinos, principalmente quando passeamos pelo centro. Existem vários casais que dançam nas ruas e convidam as pessoas para participar, ontem mesmo tinha um casal de velhinhos em frente à Galerias Pacífico dançando.
A POLÍTICA
Não falarei de partidos políticos nesse tópico, mas algo que me fez refletir bastante quando vi a apresentação no Complejo Tango. A dança conta um pouco da história do tango começando em 1900. Nesse primeiro passo o envolvimento do homem com a mulher é algo mais romântico, a roupa da mulher é mais comportada, um jogo de conquista.
Ao longo do tempo a dança se envolve em um processo forte de sedução e amor, as roupas das mulheres ficaram mais curtas, as pegadas entre o casal ficou mais forte e o ritmo mais acelerado. Acredito que a história do tango acompanha bastante o ritmo que a sociedade argentina passa, esta intrínseco no comportamento social.
Mas quando pensei em política, me questionei precisamente sobre as mulheres e sua participação em uma dança tão envolvente. Todos sabem, ou precisam saber, os obstáculos que a mulher vem enfrentando ao longo do tempo e, acredito, que em países latinos essa pressão parece ser maior. A dança em si passa por muitos momentos, envolvimentos e se camufla com o movimento social.
Talvez o meu olhar leigo de uma dança sexy e muito envolvente pode ser questionada e repensada como uma aproximação do corpo da mulher com o do homem, o quanto ambos no mundo têm se aproximado em muitos aspectos (políticos, culturais, trabalhistas, etc). Essa ligação é algo que se deve questionar para compreender e respeitar. Talvez seja duvidoso para muitos, para outros um grande avanço.
O tango não marcou somente a industria fonográfica, mas o tempo e espaço de vida dos argentinos, os aspectos culturais, sociais e políticos. Viver a música e acreditar nessa cultura é compreender não somente um aspecto regional, como também respeitar algo novo que se tem para acreditar dentro de si. O tango é uma paixão e um respeito para se visto e aplaudido a cada passo dado.
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