Hoje é minha missa de formatura, mas não participarei da colação amanhã pois viajo para Buenos Aires com a família. Não me sinto arrependido, não tenho pensado muito em externizar minhas emoções nesse primeiro mês do ano. Mas os meus quatro anos de graduação em jornalismo foi maravilhoso, e posso resumir esse tempo em uma palavra: aprendizado.
Na verdade, para quem não me conhece, comecei meu curso em Aracaju, onde morei durante 18 anos. Transferi para o ES por causa do trabalho do meu pai e deixei em minha cidade familiares, amigos e toda uma história de vida. Chegar em Vila Velha foi a primeira barreira que pude enfrentar, aliás, é outro ritmo e estilo de vida.
Mudar para uma nova universidade foi iniciar um novo momento de minha vida: buscar novos amigos, fazer com que eu me sinta parte daquele grupo social e me adequar (ou respeitar) o comportamento dos capixabas e/ou canelas-verde. No começo foi terrivelmente difícil, muitas pessoas não se abriam para conversar comigo e os grupos já existiam. Deste modo sentia um bloqueio enorme para conseguir interagir com as pessoas.
O tempo foi passando e - graças à Deus - comunicar é uma necessidade do ser humano, logo fiz minhas amizades. O segundo passo foi começar a encarar as provas, conhecer o estilo dos professores e lidar com o medo de tudo dar errado. Sim, deu errado, logo no semestre que entrei fiquei de final em duas matérias das seis que eu fazia, mas foi a primeira e última vez, nunca mais me permiti.
A busca por estágio é o sonho de todo estudante recém ingresso na faculdade, eu já participava voluntariamente da TV UVV da produção de alguns programas universitários que circulam no Canal 13 da Net. Logo no mês de Novembro de 2009 comecei um estágio no telejornal da TV Tribuna, o qual me deixou extremamente entusiasmado com a faculdade, além também de trabalhar e receber dinheiro em troca. Foi uma experiência incrível, que abriu muitas portas para outros estágios e atividade.
Uma coisa que achava interessante, e muitas vezes estúpida, é a nítida rivalidade entra os estudantes de jornalismo e publicidade e propaganda. Estupida porque é um preconceito inato que existe de não se permitir dialogar entre eles, pelo fato de alguns se incomodares com poucos do outro curso e acabar generalizando. Interessante porque as pessoas fazem parte do mesmo curso (Comunicação Social, mas só as habilitações e matérias durante dois anos são diferentes) e ao menos não sabem o que o outro faz, no fim acabam distorcendo o trabalho do colega.
Nunca tive problema em me relacionar com os publicitários, muito pelo contrário, eles foram os que melhores me receberam no começo e fiz amizade com vários. Além também de admirar todo trabalho que eles desenvolvem, desde da paciência do atendimento até a desenvoltura da criação. As outras áreas da comunicação também sempre me agradou, tenho vários amigos de Relações Públicas e da área de Cinema.
Por fim, mas não o menos importante, a minha monografia. Durante o mês de Fervereiro pensei o que eu iria fazer e várias ideias me vieram à mente. O meu coordenador me ajudou bastante e me sugeriu um tema maravilhoso, que ao mesmo tempo tem a ver com a minha vida: Identidade no Facebook.
Ler tantos livros e artigos sobre mídias sociais só fez aumentar a minha expectativa em conhecer mais sobre o sistema, além também de me aproximar mais da área que atuo e quero trabalhar profissionalmente. Os livros sobre identidade foram INDISPENSÁVEIS, teóricos como Zygmunt Bauman, Stuart Hall, Manuel Castells e outros me fizeram uma auto-avaliação, me entender, e isso foi uma das maiores grandezas de 2012.
Para mim tudo é uma lição de casa, daqui para frente serão outras histórias, faz um mês que me dei férias mas já estou com projetos prontos. Agora é a hora de fazer acontecer.
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